Vish...


Eu estou com preguiça de começar esse texto com um cumprimento formal, portanto contentem-se com um singelo e sincero oi. Oi.

Hoje foi um dia estranho sabe, não sei, quem sabe? Não consigo definir o que se passa em minha mente. É uma espécie de inércia, onde meus neurônios parecem estar fadigados e a droga da bainha de mielina não está isolando nada. Estou perdido, eu acho. Estou passando por um estado de espírito estranho; é como se eu estivesse gozando dos efeitos alucinógenos de uma erva qualquer enquanto admiro uma paisagem trivial, uma placa de "pare", qualquer coisa que não faça sentido.

Hoje eu tive um raro momento para pensar, entre 12:30 e 13:30 da tarde. Me coloquei a caminhar sem pressa do terminal rodoviário até a PBF com o objetivo de ver o que ninguém vê, os detalhes que estão ali, mas que contudo (pleonasmo!?) ninguém percebe. Na Rua Paraná achei duas portas de ferro que parecem dois portais para Narnia, pois parecem levar nada a lugar nenhum; e na rua "Marechal Alguma Coisa" eu vi um lindo Opala preto estacionado, meio escondido, mas estava lá.

Ao som de "The Morning Son" do Beady Eye (excelente canção) adentrei o bar do Nelson, lugar de muitas histórias algumas agradáveis, outras nem tanto, e apesar de terem me oferecido cerveja, eu não bebi. Não parecia certo, não hoje... Estava com fome e ao mesmo tempo não estava com fome; estava com sono e ao mesmo tempo estava dormindo. E eu passei o dia inteiro assim, metade do meu ser aqui, metade não sei onde. E ao final de tudo isso a conclusão que eu tiro é: pode parecer o maior clichê do mundo, mas as coisas mais simples, uma hora, uma caminhada, um Opala, uma Fanta, dois cachorros; são nesses momentos que nós vemos o que não conseguíamos ver, e são nesses momentos que nós nos sentimos sendo nada, ninguém; mas ao mesmo tempo, alguém.


Vish...

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